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quarta-feira, setembro 05, 2012

Bárbara e Jorge Azem

“Meu bisavô Jacó era gêmeo e teve filhas gêmeas: Wilma e Vera Lúcia. Wilma, era minha avó materna. Depois deles nasceu o primeiro casal gêmeo da família. Minha mãe (Lygia) teve uma filha, e apesar de ter sido uma gravidez de risco, ela sonhava em ter o segundo filho.

Depois de quatro abortos espontâneos, ela resolveu fazer uma promessa à Santa Bárbara - se ela conseguisse ter uma menina, em uma gravidez saudável, ela se chamaria Bárbara em sua homenagem. E se fosse um menino, se chamaria Jorge, em homenagem ao São Jorge.

Conseguiu, mas foi uma gravidez conturbada, com risco de perder os bebês. No 8º mês de gestação, dia 21 de outubro de 1997, eu nasci às 16h30. Um minuto depois nasceu Jorge.

A nossa relação é muito boa, definitivamente. Somos melhores amigos e confidentes. Muito apegados, não conseguimos ficar muito tempo longe um do outro. Brigamos às vezes, mas em poucos minutos já está tudo bem. Somos muito diferentes também, principalmente na personalidade. Jorge é muito calmo, inteligente e é horrível quando se trata de trabalhos domésticos ou qualquer outra coisa que envolva ''capricho''.

Eu tenho personalidade forte, sou brava, perfeccionista e muito preguiçosa. Não nasci para ser dona de casa, mas sei me virar com as tarefas domésticas. Em relação ao "Um sentir o que o outro sente" sim, isso acontece de vez em quando. Em geral, sentimos muito a falta um do outro quando estamos longe e dores de cabeças ao mesmo tempo, principalmente enjôos.

Uma sintonia que acho ''assustadora'' é que sempre falamos ao mesmo tempo as mesmas coisas! Ou pensamos as mesmas coisas e um acaba ‘roubando as palavras da boca do outro’. É muito engraçado. Inacreditavelmente, nós conseguimos acertar e errar o mesmo número de questões (diferentes) nas provas. As professoras sempre se surpreendem, mas já se acostumaram. Estudamos juntos desde sempre.

Estudei em uma escola que uma professora era contra gêmeos estudarem nas mesmas salas, por nossa sorte, nossa mãe trabalhava na escola também e sempre fez questão de nos colocar juntos em tudo. A hora que nós mais temíamos quando mudávamos de escola era ler a lista de nomes. Graças a Deus sempre caiamos nas mesmas salas com algumas artimanhas de minha mãe, com certeza, mas tudo bem.

Sei que um dia teremos que seguir nossas vidas e tomarmos rumos diferentes, mas, afirmamos com freqüência que um estará na vida do outro sempre, nas lembranças e ou no coração. Todos os dias fazemos os nossos gestos e falamos "You me forever together” (sempre juntos).

Bárbara Cristina Azem, gêmea de Jorge Felipe Azem. Relato autorizado pela mãe, Lygia Cristina Azem.

São Paulo / SP

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